Câncer Gástrico

CÂNCER GÁSTRICO



O câncer gástrico ou de estômago é o 4º câncer mais comum e representa aproximadamente 600 mil novos casos a cada ano no mundo. Quase ⅔ desses pacientes morrem da doença. No Brasil, o câncer de estômago é o terceiro tipo mais frequente entre os homens e o quinto entre as mulheres. 


Essa doença ocorre pelo crescimento desordenado de células do estômago. A maioria desses tumores ocorrem na camada interna, chamada de mucosa, e aparece como uma lesão elevada, irregular, às vezes, ulcerada. As células anormais vão se proliferando, e substituindo o tecido normal, podendo invadir camadas mais profundas do estômago e alcançar outros órgãos por contiguidade. Algumas células podem disseminar para os gânglios linfáticos (nosso sistema de defesa) ou até mesmo, se espalhar pelo corpo.


Cerca de 95% dos carcinomas gástricos são Adenocarcinomas, e em sua maioria, homens por volta dos 60-70 anos. Os 5% restantes podem ser Linfomas, Tumores Carcinóides e do Estroma Gastrointestinal. 


Os fatores de risco associados a esse tumor são: 

  • Infecção crônica por Helicobacter pylori (uma bactéria gram-negativa, parece ser também um grande promotor do câncer gástrico)
  • Histórico familiar de câncer gástrico (aumenta em 5x o risco de câncer)
  • Dietas ricas em sal e alimentos defumados,
  • Excesso de peso e obesidade, 
  • Consumo de álcool e tabagismo, 
  • Sexo masculino, 
  • Etnia negra,
  • Classe socioeconômica baixa. 

Sintomas


Infelizmente, na grande maioria das vezes são inespecíficos, tais como: perda de peso, náuseas, fadiga e com o avanço da doença, vômitos e anorexia (falta ou perda do apetite). Hematêmese (vômitos com sangue), é um sintoma frequente nos casos avançados, e ocorre em cerca de 13% dos tumores malignos do estômago. A maioria dos pacientes, ao diagnóstico, tem a doença localmente avançada ou metastática.

Diagnóstico

A endoscopia digestiva alta (EDA) com biópsia fornece o diagnóstico definitivo.  O estadiamento clínico oncológico deve ser realizado por um especialista, para que seja proposto o melhor tratamento possível ao paciente. 

Os exames de tomografia computadorizada, ultrassonografia endoscópica e PET/CT ajudam no estadiamento correto, até mesmo uma cirurgia, a laparoscopia diagnóstica pode ser indicada.


Após todos os exames, a terapia mais adequada é proposta, em busca do melhor resultado a longo prazo. Quimioterapia, cirurgia, radioterapia, tratamento paliativo, são avaliados caso a caso.

Prevenção

O mais importante é sempre procurar um profissional médico especializado, mudar os hábitos de vida e cuidar da saúde, com uma dieta balanceada com vegetais crus, frutas e alimentos ricos em fibras. Cessar o tabagismo, diminuir a ingesta de bebidas alcoólicas são outras mudanças importantes na prevenção dessa doença.


O tratamento é multidisciplinar, com cirurgião oncológico, oncologista clínico, radioterapeuta, nutricionista, enfermagem, psicologia, fisioterapia, e todos os demais envolvidos para o tratamento ao paciente. Visando sempre o melhor prognóstico possível,  avaliando o indivíduo como um todo, com anseios, medos e desejos.



Referências: 

- Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil/Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Rio de Janeiro: INCA, 2019. ISBN 978-85-7318-389-4 (versão eletrônica).

- Feig, BW et al. The MD Anderson Surgical Oncology Handbook. 6. ed. Philadelphia : Wolters Kluwer, 2019.

- Oliveira, AF et al. Tratado brasileiro de cirurgia oncológica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. 1. ed. - Rio de janeiro: Rubio, 2022.

- Wood, WC, Staley, CA, Skandalakis, JE. Bases Anatômicas da Cirurgia do Câncer. 2. ed. - Rio de Janeiro: DiLivros, 2011.

- www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/756/132/





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