CÂNCER DE ESÔFAGO
O esôfago é um órgão tubular que une a garganta ao estômago onde passa o alimento. Segundo as estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), em 2020, foram 11.390 casos novos, sendo 8.690 homens e 2.700 mulheres, além de 8.307 mortes por câncer de esôfago, sendo 6.465 homens e 1.840 mulheres. No Brasil, o câncer de esôfago é o 6° mais frequente entre os homens e o 15° entre as mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. É o 8° câncer no mundo e duas vezes mais frequente no homem do que em mulheres.
Os tipos de cânceres mais comuns são: Carcinoma de células escamosas, em torno de 95% dos casos, e o Adenocarcinoma, que vem aumentando significativamente a sua incidência. O primeiro está associado ao fumo e ao consumo de álcool e o último ao aumento da incidência de obesidade, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e esôfago de Barrett.
Os sintomas dependem do estágio da doença, mas em casos iniciais, geralmente são assintomáticos. Às vezes, indigestão, azia, vômitos e anemia podem estar relacionados, mas são inespecíficos. Em casos mais avançados, dificuldade de deglutir, dor torácica, perda de peso e apetite diminuído, rouquidão e tosse crônica chamam atenção e levam a procura de atendimento médico.
Englobam-se nos fatores de risco: o fumo, álcool, bebidas quentes como chimarrão, obesidade e doença do refluxo, esôfago de Barrett, tilose (espessamento da pele nas palmas das mãos e nas plantas dos pés), acalasia (falta de relaxamento entre o esfíncter do esôfago e do estômago), lesões cáusticas (por queimadura) e síndrome de Plummer-Vinson (deficiência do ferro), dentre outras.
O diagnóstico é feito por endoscopia digestiva alta com biópsia. Além disso, o estadiamento clínico é realizado com tomografias de tórax e abdômen total, broncoscopia, PET-CT, ultrassom endoscópico e ecoendoscopia, que direciona o tratamento para cada subtipo de câncer de esôfago e determinará se o paciente será submetido a quimioterapia, radioterapia, cirurgia ou tratamento paliativo.
O importante nesses casos é a procura por atendimento médico.
O tratamento é multidisciplinar, com envolvimento de diversos profissionais especializados como cirurgião oncológico, oncologista clínico, radioterapeuta, nutricionista, psicologia, fisioterapia e enfermagem.
Se você apresenta algum sintoma ou se existe alguma dúvida, marque uma consulta com o oncologista.
Referências:
- Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil/Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Rio de Janeiro: INCA, 2019. ISBN 978-85-7318-389-4 (versão eletrônica).
- Feig, BW et al. The MD Anderson Surgical Oncology Handbook. 6. ed. Philadelphia : Wolters Kluwer, 2019.
- Oliveira, AF et al. Tratado brasileiro de cirurgia oncológica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. 1. ed. - Rio de janeiro: Rubio, 2022.
- Wood, WC, Staley, CA, Skandalakis, JE. Bases Anatômicas da Cirurgia do Câncer. 2. ed. - Rio de Janeiro: DiLivros, 2011.
- www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/756/132/
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